A Caverna de Cristais

Aventura, romance, ação e humor nesta emocionante saga de Literatura Fantástica

terça-feira, 27 de maio de 2014

Conheça a saga

Este é o blog oficial daquela que é considerada a primeira saga de literatura fantástica publicada no país por uma autora brasileira, agora lançada como e-book pela Rocco.
A Caverna de Cristais nasceu para ser contada em dois livros. Mas, sem que eu pudesse impedir, as aventuras do arqueiro Thomas foram crescendo, ganhando desdobramentos imprevisíveis e atraindo novos personagens e situações. Quando vi, tinha nas mãos várias histórias que se desenvolveram a partir da trama original.
Foi a própria caverna de cristais, o cenário encantado que aparece no prólogo de O Arqueiro e a Feiticeira, o livro 1, que me deu a explicação. As histórias nada mais são do que os diversos e variados reflexos dos mesmos cristais. Cada livro, portanto, é diferente do outro. O primeiro mergulha em um mundo medieval, enquanto o segundo, Aliança dos Povos, revela a essência de ficção científica da saga. Já o terceiro livro, O Despertar do Dragão, conta três histórias em uma e começa uma quarta, incluindo a existência de mundos mágicos e seres como elfos e dragões. E assim continua  A Caverna de Cristais, misturando gêneros e subgêneros.
O que faço é contar histórias. E histórias que utilizam ingredientes com que gosto de trabalhar, como ação, humor, drama, romance, suspense e muitas reviravoltas. Há ainda as referências a filmes, livros, seriados de TV, HQs, desenhos animados, noticiário, enfim, qualquer fonte de inspiração que mereça ser citada e até homenageada. É desta forma que minha cabeça funciona, criando e recriando misturas diferentes, ditadas pela vontade irresistível de escrever histórias malucas que desejam, simplesmente, ganhar vida.
Helena Gomes

Assista ao book trailer. Para ler a série, esta é a sequência ideal:


Contos (Rocco Digital, 2014/2015) - e-books gratuitos

Sinopse de A herança da bruxa:
Décadas antes do nascimento do arqueiro Thomas, a jovem e inexperiente bruxa Couchet luta para sobreviver em Britanya, um reino dominado pelo preconceito e pela ignorância. Com a ajuda do elfo Razeel, a última bruxa da Ilha Média terá de se tornar a mestra de um poderoso guerreiro.

Sinopse de O primeiro guerreiro:
Sequência de A herança da bruxa, este conto traz a história de Kirian, o primeiro dos guerreiros eloras que renascem no reino medieval de Britanya. Filho de Couchet, última bruxa da Ilha Média, e tendo como mentor o misterioso elfo Razeel, o rapaz definirá o futuro confronto com os nergals.

Sinopse de A adaga mágica:
Sequência de O primeiro guerreiro. Após anos trancafiado no mundo dos elfos, Razeel ganha o melhor presente de aniversário da fada Lyriel: a liberdade, mesmo que temporária. Sua aventura, no entanto, ganha um novo rumo. Levado ao passado para salvar a vida de Drake, ele terá que enfrentar um ambicioso mago nergal.

Contos disponíveis para download gratuito na Amazon e em sites de livrarias como a Cultura e a Saraiva.

sábado, 21 de agosto de 2010

Livro 1 - O Arqueiro e a Feiticeira (Rocco Digital, 2014) - e-book


Em um remoto mundo de brumas azuis, a guerra entre dois povos termina com a vitória dos cruéis nergals. Desesperada, Loxian, a rainha dos eloras, ordena a seus três melhores guerreiros o impossível: evitar que os inimigos, liderados por Mudu-za, deixem seu rastro de destruição e morte em civilizações inocentes. A missão, entretanto, fracassa. Milênios depois, em um reino medieval perdido em um planeta chamado Terra, uma jovem Sacerdotisa chega em busca do Herdeiro, o único capaz de deter o terror nergal que agora ameaça a raça humana.

Prólogo
Tolkien entrou na caverna. Seus olhos demoraram alguns segundos para se acostumarem à luminosidade suave dos inúmeros cristais espalhados por todo o local. O rapaz escolheu um canto para se esconder, puxou o capuz para cobrir o rosto e, sem alternativa, se preparou para a vigília que duraria horas.
Somente as faces múltiplas dos cristais refletiam o caminho que a lua seguia no céu escuro. Tolkien sentiu os olhos pesados. Há quantos dias não dormia? O corpo estava dolorido, tenso, consumido pela preocupação.
Lá fora, o ar tornou-se ainda mais frio. Faltava pouco para a aurora. “Onde ela está?”, pensou o rapaz, começando a deixar o bom senso de lado. Havia em seu peito uma dor prestes a sufocá-lo. “Ela disse para ter calma, para esperar”, defendeu uma voz no fundo de sua mente. Passara por tantos treinamentos, estudos, testes, mas nada o preparara para uma situação como aquela.
Seus mestres haviam sido covardemente assassinados. A perseguição agora se estendia a outros como Tolkien. O rapaz sentia, mais do que sabia, que era o último dos guardiões. E, por mais que o orgulho o impedisse de acreditar, sabia: era inexperiente, apenas um garoto idealista perdido nas próprias ambições. Ela também era a última, e tão jovem quanto ele. Possuía, no entanto, a experiência que lhe faltava. E muito mais conhecimento, o conhecimento dos Antigos.
— Devia controlar melhor  seu sono, guardião.
O rapaz deu um pulo. Ao seu lado, Hannah observava-o. Seus olhos azuis o consumiam. Havia neles uma chama que lhe devorava o espírito. Ele piscou para afastar o medo. A jovem sorriu.
— Se eu fosse um dos homens do Novo Conselho, você nem perceberia sua morte.
Tolkien corou de vergonha. Automaticamente, endireitou as costas para enfrentar os temidos olhos azuis. Mas eles transmitiam paz, apesar de o rosto refletir uma tristeza imensa.
— Todos os nossos estão mortos, Tolkien, todos...
— Eu sei.
— O destino dos guardiões está agora em suas mãos — prosseguiu ela lentamente, como se medisse cada palavra. — Você deve partir e, em segredo, treinar novos membros. O Novo Conselho ainda tem muitos opositores. Não é tempo de oposição aberta, e sim de preparação.
O rapaz estremeceu. As dúvidas enchiam-lhe os pensamentos. Fora da caverna de cristais, a lua se escondia atrás da Cordilheira Azul. O capuz negro, cor da casta, procurava ocultar os cabelos dourados que caíam sobre os ombros da jovem. Tolkien nunca encontrara uma mulher tão bela e, ao mesmo tempo, tão fascinante. Era impossível para ele não adorá-la. Poucas vezes a vira, mas o amor que ela lhe inspirava o seguia em sonhos impossíveis.
Num movimento suave, a sacerdotisa tocou-lhe o ombro. “Não sou capaz de realizar o que me pede”, a mente do rapaz sussurrou. “Não tenho a experiência dos meus mestres. Está tudo perdido.”
O toque, então, transmitiu uma inacreditável sensação de conforto que se espalhou pelo corpo de Tolkien. Trazia um bem-estar que não sentia há  muito, desde os tempos em que a ameaça do Novo Conselho não passava de uma ideia desacreditada. Seu coração se fortaleceu. Por amor, o jovem guardião faria tudo o que Hannah lhe pedisse. Daria sua vida, se fosse o desejo dela. A sacerdotisa, no entanto, não pedia morte: pedia esperança.
— Devo partir agora, guardião. Minha missão deve continuar em outro mundo.
Hannah contemplou a claridade que chegava com o novo dia. No interior da caverna, os primeiros raios de sol ampliavam o brilho refletido pelas múltiplas faces dos cristais. Tolkien, porém, não registrava esses detalhes. Enxergava a jovem, apenas ela, rodeada pela luz intensa. Hannah voltou-se para ele. Os braços cruzados pareciam buscar proteção contra uma ameaça invisível. Tolkien lutou contra a vontade de abraçá-la.
— As perenthis devem permanecer em um lugar seguro, longe da cobiça dos nossos perseguidores — murmurou mais para si do que para o rapaz. — Devemos preparar tudo para a profecia se completar. Ela já começou, apesar da descrença de muitos. Os antigos nos avisaram, porém poucos lhes deram atenção...
— Para onde irá, senhora?
A jovem fitou-o, como se o notasse pela primeira vez ali, diante dela.
— Eu não deveria compartilhar com você os segredos dos nossos sacerdotes. Mas não há ninguém em que possa confiar nestes tempos sombrios. Sou a última sobrevivente da minha casta. E você é a única esperança do nosso povo e de muitos outros que ainda não despertaram para a Grande Guerra que se aproxima.
O rapaz estremeceu pela segunda vez. O olhar de Hannah recuperara o brilho perigoso que parecia devorá-lo.
— Conhece o conteúdo da profecia, Tolkien?
— Sei as palavras, mas...
— Ela fala no Herdeiro, o único que pode controlar o poder das perenthis, o único capaz de desafiar o poder do mal. Pois eu sonhei com Gotihan, e ele me disse onde encontrá-lo.
Tolkien respirou fundo, fazendo barulho. Nunca tivera acesso ao conhecimento dos sacerdotes e muito menos à sabedoria dos antigos. Quando entrara para o restrito grupo dos guardiões, desejava explorar mundos distantes e viver aventuras grandes demais para um simples garoto do interior. Sabia que os guardiões trabalhavam para os sacerdotes e vira essa gente estranha em várias ocasiões. Nunca, nem em seus sonhos mais malucos, pudera imaginar que antigas histórias de ninar pudessem ser reais. Ele teria dado uma boa gargalhada se a simples presença da sacerdotisa não o intimidasse. Além disso, ela parecia ler seus pensamentos.
— Estude as palavras antigas. Elas dizem a verdade.
— Mas...
O rapaz parou. Uma certeza invadiu-o. “Se a profecia está certa, então...” Não era mais uma questão política, um golpe do Novo Conselho para ganhar poder e sacrificar a liberdade do povo. A questão ganhava dimensões assustadoras. A responsabilidade pesou como chumbo sobre os ombros de Tolkien.
— Entende agora, guardião? Devo partir imediatamente. Não lhe direi mais nada. Você já tem muito trabalho pela frente. Faça os guardiões renascerem, com força suficiente para lutar contra o mal que se aproxima. Confie apenas em Palius. Eu buscarei o Herdeiro.
— Adeus, senhora — murmurou Tolkien, ousando pegar-lhe a mão para beijá-la. O coração avisou-o de que nunca mais veria a bela sacerdotisa.
Tons cinzentos, no exterior da caverna, começavam a invadir a manhã cheia de luz, trazendo a chuva em seu rastro. Tolkien encolheu-se sob a capa. Hannah desaparecera.
Muitos anos depois, a jovem apareceu em um sonho. Estava mais velha e parecia esgotada. A dor marcava seus traços.
— Cometi um erro, Tolkien. Se o Herdeiro procurar você, mate-o!

Livro 2 - A Aliança dos Povos (Rocco Digital, 2014) - e-book

Thomas, Erin e Vince partem de seu mundo medieval com um único objetivo: encontrar aliados na luta desesperada contra os temidos nergals. Além da fenda espacial, entre o tecnológico povo de Gaia e estranhos alienígenas, os três jovens enfrentam novos perigos, traições e até a própria morte. Mudu-za, líder dos nergals, espera apenas o momento certo para atacar.
Neste livro, o personagem Vince De Angelis compôs duas músicas, que ganharam vida própria graças ao talento dos leitores da saga. Wallace Diegues, vocalista da banda Vila Brasil, fez a melodia de A Tempestade, e o músico e compositor Leandro Chernicharo criou a melodia para Lobos. Para baixar gratuitamente as músicas, clique aqui. A senha é vince12

Trecho
Thyr enfrentou Mudu-za, à espera do gesto que lhe tiraria a vida. Adiante, os dois eloras, seus companheiros na perigosa jornada, estavam mortos.
— A luta ainda não terminou — disse o guerreiro.
A espada Satva brilhou em sua mão.

Livro 3 - Despertar do Dragão (Rocco Digital, 2014) - e-book


Dois novos inimigos se unem a um temido nergal nesta aventura que explora o perigoso passado do cavaleiro Vince De Angelis. Em sua luta para consolidar as bases de um novo mundo, o arqueiro Thomas descobre um universo onde a magia poderá ser sua única arma.
Trecho
— Conheces a única maneira de me tirar desta prisão, humano? — perguntou o demônio Arakis, procurando ser gentil.
— Sei. Devemos nos unir...
— Devemos nos fundir. Só sairei daqui se ganhar uma face humana, o que ampliará meus poderes de modo ilimitado. Uniremos nossas existências, nossas essências. Seremos um só, único e indestrutível. Um demônio com a intuição e o conhecimento humanos. Um humano com poderes demoníacos. Uma mistura perfeita, não achas?
— E destruiremos os bruxos britons...
— Não apenas isso, humano. Deves pensar além, prever passos para um futuro grandioso. Estás preparado para isto?

Livro 4 - A Tríade (Rocco Digital, 2015) - e-book

Como em um jogo de espelhos, a verdade sobre a guerra entre nergals e eloras é desvendada aos poucos. Nada é o que parece ser. Dillon, o mago elora, é a peça-chave de um grande desafio para os bruxos britons: derrotar a assustadora Tríade.

Trecho
As dunas negras de Alzabir permaneceram em silêncio sob a luz tênue do final de tarde. O momento da partida não poderia mais ser adiado.
O mago recusou-se a pensar no futuro, nas pessoas que haviam conquistado seu coração.
A Tríade aguardava-o no distante mundo de brumas azuis.